Soraya Thronicke reforça que o agronegócio movimenta a economia brasileira e é o responsável para que a crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não ficasse ainda pior. “Vamos construir com a CONAFER a melhor alternativa para ouvir as partes envolvidas e, dessa forma, encontrar soluções para a falta de crédito para os pequenos agricultores. Infelizmente, vivemos um momento delicado devido à pandemia e podemos enfrentar a falta de recursos para financiar a nossa produção agrícola”, alertou.
A parlamentar sul-mato-grossense acrescenta que a intenção é ouvir todos os players envolvidos para construir um produto indicado para os bancos privados e agricultores. “Nós como parlamentares não temos as ferramentas necessárias para resolver essa questão do crédito, mas, como tenho essa ligação com o agronegócio e sei da sua importância, vou procurar contribuir da melhor forma possível. Precisamos encontrar a solução e trazer resultados, pois não temos mais tempo. Vamos nos unir em prol dos resultados”, afirmou.
O presidente da CONAFER, Carlos Lopes, explicou à senadora que tem dialogado com a rede privada de bancos para que os produtores rurais possam ter acesso às linhas de crédito das instituições financeiras particulares. “No entanto, precisamos avançar na questão da regularização fundiária, que está travada no Incra. Não existe um assentado que não queira ter sua propriedade regularizada. O Estado brasileiro tem essa conta com a agricultura familiar e precisa pagar”, ressaltou
Na avaliação dele, é preciso oxigenar a ponta da produção agrícola do Brasil, trazendo o debate entre a classe produtora e as instituições financeiras privadas. “Se conseguirmos avançar com essa titularidade, seria um grande passo, pois o pequeno produtor teria como negociar empréstimos com as instituições financeiras privadas”, declarou, explicando que o Pronaf tem um juro melhor, mas não tem recursos suficientes para atender a demanda da agricultura familiar.
A respeito da regularização fundiária, a senadora reconhece que o Governo vem buscando agilizar esse processo, mas até agora não avançou. “Sem boa vontade não vamos conseguir acelerar essa regularização. Agora é a hora da mão firme da União, pois o mandato do Executivo está acabando e, em 2022, tudo se desliga por causa da campanha eleitoral”, pontuou.
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